21.7.06

>> Serra recua e nega ter associado PT ao PCC.

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, recuou ontem e disse que não associou o PT aos atentados promovidos pelo PCC no Estado. Na quinta-feira passada, ao ser questionado se concordava com as insinuações do presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), de que há um elo entre a facção criminosa PCC e o PT, o tucano afirmou:"Basta você olhar os manifestos do crime organizado, o que eles dizem sobre a política, coisas que se diz que eles [criminosos] dizem, inclusive nas gravações. É fato que uma das cooperativas de perueiros em São Paulo é ligada ao ex-secretário de transportes de São Paulo [Jilmar Tatto, durante a administração de Marta Suplicy]. Chegou-se, inclusive, a ser pedida a prisão dele. Há ligações notórias com esse pessoal".Ontem, Serra negou que tivesse relacionado o PT ao crime organizado. "Eu não disse que era o PT. Eu só disse que achava estranho o que estava acontecendo", afirmou. O tucano também disse que a troca de ataques não era a melhor maneira de lidar com o problema. "Não se pode fazer disso [a crise de segurança] um jogo eleitoral. Mas quem começou esse jogo foram eles [o PT]".

Fonte: Folha de São Paulo

>> Mercadante nega acordo para amenizar discurso sobre segurança pública.

O candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira que desconhece qualquer tipo de acordo entre os partidos para que os candidatos amenizem o tom do discurso sobre segurança pública. Mercadante ressaltou que o único acordo que precisa ser feito é o da sociedade paulista com a paz e com o fim da violência."Enquanto este acordo não estiver garantido, o tema de segurança pública vai estar em pauta. É o tema mais urgente dos paulistas hoje", afirmou o senador ao lembrar que os ataques continuam.Mercadante disse que o governo PSDB-PFL não tem o que apresentar na área de segurança pública. "É inacreditável que depois de 12 anos as propostas que eles apresentam é acabar com a Secretaria de Administração Penitenciária", disse ele ao lembrar que essa proposta pertence ao candidato do PMDB, Orestes Quércia.Na opinião do petista, acabar com a Secretaria de Administração Penitenciária não seria a solução para a crise na segurança pública, pois o problema não é administrativo e sim de gestão. "Falta disciplina no sistema prisional, valorização da polícia, integração do sistema de inteligência e uma força-tarefa com o governo federal", sugeriu o senador.

Fonte: Folha online

>> PCC reduz ataques em São Paulo após isolamento de líderes.

O número de ataques feitos pelo PCC no Estado de São Paulo na nova onda de violência iniciada na última terça-feira (11) caiu neste domingo. Na capital, não houve registro de incêndios a ônibus ou atentados a tiros durante todo o dia, segundo a PM (Polícia Militar) e o Corpo de Bombeiros.O ritmo dos crimes diminuiu depois da transferência de cinco supostos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para a unidade de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo) onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que impõe regras rígidas aos presos.Por meio de sua assessoria de imprensa, a SAP (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) confirmou a transferência de cinco detentos para Bernardes, mas evitou detalhar a ação, "por motivos de segurança".O líder máximo do PCC, Marcos Herbas Camacho, o Marcola, é um dos presos internados sob o RDD, em Presidente Bernardes.

No sábado, também não foram registradas ações durante o dia. Elas foram retomadas só à noite, principalmente na Grande São Paulo. Há suspeitas de que tenham sido uma reação à prisão de Anco Márcio Pereira Maia, 28, o Gordo, ocorrida horas antes, em São Bernardo (Grande São Paulo). Maia seria uma espécie de chefe interino do PCC na região.Segundo três agentes penitenciários que atuam no interior, interceptações telefônicas feitas por um sistema de inteligência --montado pelas polícias Civil e Militar e por agentes penitenciários após os motins iniciados no último Dia das Mães-- mostram que o PCC prepara uma rebelião para o Dia dos Pais.


Fonte: Folha Online

>> Mercadante diz que PSDB não pode esconder "600 cadáveres".

O recuo do tucano José Serra sobre as ilações entre PT e PCC não conseguiu alterar o tom do discurso do adversário petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, que voltou ontem a fazer críticas mais contundentes à segurança pública e aos tucanos.O petista chamou a política de segurança do PSDB de "descalabro" e disse que não fará acordos como os ocorridos na Assembléia Legislativa para esconder os problemas do governo de Geraldo Alckmin."O PSDB conseguiu engavetar 70 CPIs, jogar para debaixo do tapete tantos problemas, mas 600 assassinatos não dá para fazer", afirmou o petista em caminhada por Santana, bairro na zona norte da capital.Apesar de negar tentativa de acordo dos tucanos para abrandar as críticas, Mercadante usou a proposta para angariar votos. "Querem fazer acordo para dizer o seguinte: não vamos discutir a violência. Como não vai discutir? Tem que discutir e tem que resolver a violência", disse ao ambulante Paulo Manuel do Nascimento.

Fonte: Folha de São Paulo

20.7.06

>> Segurança.

>> Segurança Pública em SP.

>> PM apreende onze veículos roubados e armamento.

Acionados para atender uma ocorrência, que informava sobre um veículo abandonado, na Zona Sul da Capital, a Polícia Militar encontrou, nesta manhã, onze veículos roubados, armas e munições. Tudo era guardado no pátio de um posto de gasolina, localizado na Vila Missionária.Policiais militares do 22º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) foram até o local da denúncia e encontraram, além dos veículos, nove pistolas, uma metralhadora com silenciador, uma caixa de munição, uma granada, dois coletes balísticos, três radiocomunicadores e jóias supostamente roubadas.No local, a Polícia deteve sete pessoas suspeitas, sendo seis homens e uma mulher, que foram encaminhadas para o Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), onde está sendo elaborado o Boletim de Ocorrência.