4.8.06

>> Em campanha na zona leste, Quércia promete melhorar segurança pública.

O candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Orestes Quércia, fez campanha na zona leste da capital paulista nesta quarta-feira. Ele visitou os bairros de Sapopemba e São Mateus, foi saudado por militantes, cumprimentou lojistas e prometeu que, se eleito, vai melhorar a segurança pública do Estado.

"A atuação da polícia anda errada há muito tempo", afirmou Quércia. O candidato disse que já constatou, em conversas na ruas com os eleitores, que a segurança é o problema que mais aflige os paulistas. "Não só na capital, no interior também", ressaltou.

De concreto, o peemedebista afirmou que pretende extinguir a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), que seria abraçada pela Secretaria da Segurança Pública. Em sua opinião, as duas pastas têm áreas de atuação muito próximas e, na estrutura atual, uma atrapalha a outra.

Quércia disse ainda que vai defender uma punição mais rigorosa para menores infratores. Segundo ele, a solução não seria reduzir a maioridade penal, e sim uma revisão do texto do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) nesta questão. "O Estado pode pressionar o Congresso. E nós vamos fazer isso", disse.

O candidato do PMDB promete também que fará com que os presos trabalhem enquanto cumprem suas penas. "Eu sou favorável que todo mundo trabalhe nos presídios", afirmou.

>> Em Leme, Serra diz que quer fechar cadeias em DPs no interior de SP.

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, afirmou nesta quarta-feira, em campanha na cidade de Leme (189 km a noroeste de São Paulo), que vai fechar todas as cadeias públicas do interior do Estado.

"Acho que a principal demanda aqui em Leme é o fechamento da cadeia pública. As cadeias de delegacias públicas na capital e na Grande São Paulo foram fechadas e os presos transferidos para presídios. Agora, nós vamos fazer isso em todo o Estado de São Paulo", disse.

"Minha idéia é que, ao final do mandato, não haverá mais nenhuma cadeia de delegacia. Nosso governo terá construído presídios e centros de detenção provisória, mas adequados para tirar os presos da cidade, como acontece aqui em Leme", afirmou o candidato, em discurso em frente à Câmara Municipal.

Araras
Serra repetiu o discurso em Araras (169 km a noroeste de São Paulo), cidade que visitou depois de deixar Leme. "Vamos acabar com a cadeia que existe na delegacia no centro da cidade e transferir os presos para um Centro de Detenção Provisória", afirmou o ex-prefeito de São Paulo. "Vamos acelerar o processo, a exemplo do que foi feito na capital."

1.8.06

>> Mulheres operam centrais telefônicas do PCC em SP.

O serviço de inteligência das forças de segurança do Estado de São Paulo prendeu, desde o início dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), em maio, 25 mulheres ligadas a líderes criminosos. Todas elas operavam centrais telefônicas clandestinas para a facção. Somente na região do ABC Paulista, mulheres chefiavam 17 das 25 centrais encontradas pela polícia.

Em todo o Estado, 49 pessoas já foram cadastradas como operadoras do chat (bate-papo por telefone) criminoso. As mulheres geralmente estão ligadas a membros do PCC por laços familiares ou afetivos. É comum encontrar mães, irmãs e namoradas de presos atuando como telefonistas da organização.
"Hoje elas comandam as centrais. Os homens estão perdendo espaço porque são mais bem aproveitados nas ações terroristas", diz o delegado Paul Henry Borzon Verduraz, do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), em São Bernardo do Campo.

De acordo com a Folha de S.Paulo, as ações coordenadas por criminosos do PCC são favorecidas pelo uso de telefones celulares, fora ou, irregularmente, dentro das cadeias. Nesses locais, mulheres realizam transferências de chamadas para a convenção criminosa. Desta forma, a facção consegue controlar o tráfico de drogas ou planejar seqüestros e homicídios. Mais de 50 mortes foram atribuídas ao PCC nas duas últimas ondas de ataques no Estado de São Paulo (12 a 19 de maio e a partir de 11 de julho).

As centrais, geralmente, são descobertas por meio de denúncias anônimas. Devido ao fato desses locais serem usados pelo PCC, empresas de telefonia avisam aos policiais quando há falta de pagamento das contas. Isso ajuda a Justiça a autorizar os "grampos" nas centrais.

Na última quinta-feira, a polícia descobriu uma nova central clandestina em São Bernardo do Campo. Foram detidas mãe, filha e uma jovem.

>> Japoneses acusam policiais de extorsão no Rio.

Dois jornalistas japoneses que cobriam o Campeonato Mundial de Jiu-jitsu, realizado no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, acusam a polícia brasileira de extorsão. Hashimoto Kinya e Go Matsu Yama afirmam que foram interceptados por uma viatura da polícia militar com dois policiais, na noite de sexta-feira, quando seguiam, de táxi, para Copacabana, onde ficaram hospedados.

Os dois japoneses contam que os policiais pediram para que saíssem do carro e, como estavam sem passaportes, anunciaram que os dois seriam presos. "Eles nos mandaram saltar do carro. Como estávamos sem nossos passaportes, disseram que seríamos presos e pediram dinheiro. Eu dei R$ 150 e meu colega, cerca de R$ 300, contou o jornalista, que trabalha na revista Gong-Kakutougi, especializada em artes marciais.
De acordo com o jornal O Globo, assustados, os japoneses preferiram não registrar a ocorrência e deixarão o País amanhã. "É a quinta vez que venho ao Brasil e sempre fui muito bem recebido. Não pretendo mais voltar. Agora temos apenas R$ 50. Como vamos ao aeroporto? Como vamos comer?", revoltou-se Hashimoto.

Até ontem à noite, a organização do torneio não sabia do problema, mas disse que iria ouvir os jornalistas. Integrante da comissão organizadora do campeonato de jiu-jitsu, André Fernandes diz que casos como esse não são comuns, porque os jornalistas estão acostumados com os países que visitam.
O comandante Álvaro Garcia, do 6 BPM (Tijuca), responsável pelo policiamento da área onde os japoneses teriam sido achacados, afirmou que é importante que eles prestem queixa. "É preciso que eles identifiquem os policiais para que eu tome as providências necessárias", explicou.

>> Polícia confunde celular com arma e atira em taxista.

Dois investigadores da Polícia Civil atiraram em um taxista, no centro de São Paulo, ao confundirem seu celular com uma arma.
Segundo a Jovem Pan, Jorge César Aleixo Cardozo, 39 anos, estava embriagado e chocou seu veículo em outro, na rua da Consolação.
Outro motorista acionou a polícia, que pediu que o taxista levantasse as mãos. Ao tirar o celular do bolso para fazer uma ligação, os policiais atiraram, pensando que era um revólver.

Cardozo, levemente ferido, foi levado à Santa Casa. Ele foi autuado por lesão corporal dolosa e resistência à prisão, mas, após pagar fiança de R$ 292, foi liberado.
A polícia do 4º Distrito Policial (DP), onde o caso foi registrado, vai investigar possíveis abusos de poder e a denúncia de embriaguez do taxista.