11.8.06

>> Exército irá para ruas de SP "quando necessário", diz Lula.

"Na medida que houver necessidade, o Exército brasileiro tem 10 mil homens para ajudar a Polícia Militar de São Paulo, o Estado de São Paulo e principalmente a sociedade paulista, que não merece passar pelo que está passando", disse Lula

BARUERI - As tropas do Exército irão para as ruas de São Paulo "quando necessário". A declaração foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista coletiva concedida no 20º Grupo de Artilharia de Campanha Leve, em Barueri, na Grande São Paulo, nesta sexta-feira. 11.
"Na medida que houver necessidade, o Exército brasileiro tem 10 mil homens para ajudar a Polícia Militar de São Paulo, o Estado de São Paulo e principalmente a sociedade paulista, que não merece passar pelo que está passando", disse o presidente, ao reiterar a oferta ao governo estadual da participação do Exército para o combate à criminalidade no Estado.
"A necessidade não é determinada por um ataque (criminoso), mas pela logística dos comandos (da Polícia Militar e do Exército)", acrescentou o presidente.

Tanto Lula quanto o governador Cláudio Lembo esquivaram-se em detalhar os termos do encontro mantido por cerca de 40 minutos no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na manhã de hoje. "Vocês verão mais integração na próxima semana, de mais pessoas, uma integração mais intensiva", disse o governador, numa entrevista tumultuada.

Indagado se a administração estadual requisitou a presença das tropas do Exército nas ruas do Estado, uma vez que pesquisas indicam que mais de 80% dos paulistas entrevistados apóiam tal iniciativa, Lembo rebateu com uma pergunta: "por que as pessoas querem as tropas nas ruas?". O próprio governador não quis estender o raciocínio, limitando-se apenas a dizer que ajuda federal "já existe", e que há integração entre os comandos da Policia Militar paulista e do Exército. Depois de almoçar com Lembo e integrantes do Exército, Lula seguiria para o Rio de Janeiro.

>> Segurança em SP.

>> José Serra pede "mais sensatez" ao presidente Lula.

O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirmou nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia ser mais sensato em suas declarações.

O ataque foi uma resposta à crítica que o petista fez ao secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho.

Para Lula, Abreu Filho agiu com insensatez ao associar o PT com os atentados em São Paulo, atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

"O Lula também podia ter mais sensatez em muitas coisas que fala e faz", disse Serra.

O tucano, no entanto, não quis dar exemplos que ele considera falta de sensatez da parte do presidente. Limitou-se a dizer que "tá cheio de coisas".

Liderança
Serra classificou como "excelente" o resultado da última pesquisa Datafolha, publicada na edição desta quinta-feira da Folha de S.Paulo. A enquete mostra que ele tem 49% das intenções de voto e venceria ainda no primeiro turno.

Mas o tucano fez questão de ressaltar que não tem nada ganho e que sua equipe não pode se acomodar. "A gente não ganha eleição com pesquisa, a gente ganha eleição com trabalho, muito trabalho", disse. "Para mim, favoritismo leva a mais trabalho, e não a acomodação."

Impostos
Serra participou nesta tarde, ao lado do candidato ao Senado Afif (PFL), de um evento simbólico em frente à Associação Comercial de São Paulo, onde está instalado um "impostômetro".

Eles presenciaram o momento que a arrecadação tributária do ano alcançou R$ 500 bilhões --o que aconteceu às 15h49-- e aproveitaram para criticar a forma como o governo federal aplica essa receita.

Serra disse que, se eleito, vai diminuir a carga de impostos em São Paulo. "Nós vamos conceder incentivos regionais e vamos fazer um esforço ainda maior para reduzir a carga tributária, os impostos sobre os produtos que são da cesta básica, de consumo das pessoas", afirmou.

>> Procuradoria pede inquérito para apurar suposto crime eleitoral de Serra.

O procurador regional eleitoral de São Paulo, Mario Luiz Bonsaglia, requisitou à Polícia Federal instauração de inquérito para apurar a suposta prática de crime eleitoral nas declarações prestadas pelo candidato do PSDB ao governo do Estado, José Serra.

Nas declarações, o tucano aponta indícios da ligação entre os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo e o PT. Com a requisição, o procurador enviou também documentação encaminhada pelo PT ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

A documentação relata que, no dia 13 de julho, ao comentar os atos de violência no Estado, Serra afirmou haver indícios da ligação entre o PCC e o PT. De acordo com o partido, Serra teria cometido delitos que tratam respectivamente da prática de calúnia, difamação e injúria.

O procurador regional eleitoral indica que os elementos disponíveis sugerem uma possível prática de ilícitos previstos no Código Eleitoral.

>> Em São Paulo, 200 presos têm saída vetada.

Justiça negou ontem o pedido de saída temporária no Dia dos Pais para 200 presos do regime semi-aberto da cidade de São Paulo. Das 932 solicitações feitas, 707 foram atendidas --esses detentos sairão a partir das 10h de hoje e devem voltar até as 18h de segunda.Os demais 25 pedidos não passaram por avaliação pelo fato de serem duplicatas ou o solicitante já estar em liberdade. Em todo o Estado, foram feitas cerca de 9.000 solicitações de saída temporária. A decisão cabe ao juiz de cada comarca.A sentença foi proferida à noite pela juíza Isaura Cristina Barreira, da Vara de Execuções Criminais do fórum da Barra Funda. À tarde, ela havia relatado o que levaria em conta na análise dos pedidos."Eu analiso a conduta carcerária do preso, sua vida criminal, a folha de antecedentes e o tipo de crime. Aquele que não se enquadrar no perfil desejado nesses grupos não sairá.

"A juíza disse que relatos da polícia sobre supostas ligações de presos com a facção criminosa PCC não seriam motivo para veto, a menos que fossem apresentadas provas."O fato de a polícia dizer que o preso tem ligação com o PCC não é motivo para que ele não saia no Dia dos Pais. É preciso que haja provas concretas desse envolvimento ou da ligação dele com os ataques. E isso não veio a mim", afirmou Isaura.De todas as solicitações que ela analisou na capital, 27 seriam, segundo o Ministério Público, de presos com ligação direta com o PCC.A juíza disse ter levado em conta essa informação, mas que isso só serviu para aprofundar sua avaliação. "A lista de nomes que recebi não foi determinante para que eu deferisse ou indeferisse o pedido. Foi um elemento a mais no conjunto da minha avaliação."À tarde, ela havia dito que cerca de dez desses 27 presos foram autorizados a sair e outros dez foram barrados. Os demais ainda seriam analisados.

Até a conclusão desta edição, ela não tinha sido localizada para confirmar qual foi a decisão sobre esses sete casos.A Promotoria havia solicitado à juíza que negasse a saída temporária a todos os presos do regime semi-aberto sob a alegação de 113 sentenciados no Estado que pleiteavam o benefício têm ligação com a facção. Segundo o órgão, eles poderiam participar de ataques neste final de semana. A juíza negou esse pedido anteontem.Ela requereu ao Comando da PM que cinco dos 707 presos beneficiados sejam monitorados nas ruas. "Por cautela e precaução nesse momento eu pedi uma investigação da polícia."O pedido foi recebido com ironia pelo comandante da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges.

"Se ela pediu para que a polícia monitore esses presos, por que concedeu o benefício? Sou contra o benefício para os 113 do PCC", afirmou.O coronel não soube dizer, no entanto, quantos desses 113 presos já saem todos os dias para trabalhar, como prevê o regime semi-aberto --só os detentos desse regime que comprovem vínculo empregatício podem pleitear essas saídas.O comando da PM informou ontem que, dos 5.012 integrantes do PCC, 809 estão nas ruas --ou são foragidos ou já cumpriram suas penas."Apesar de não pertencerem à cúpula, eles tiveram passagem como soldados e pilotos do PCC. Um soldado desses nas ruas organiza pequenos traficantes e ataques. Não temos informação de que eles já participaram de atentados, mas precisamos monitorá-los", disse o capitão Ulisses Puosso, do serviço de inteligência da PM.O Ministério Público pretende pedir que os identificados no semi-aberto como sendo do PCC voltem ao regime fechado.

>> Utilização de tropas federais em SP é tema de encontro entre Lula e Lembro.

Polêmica em torno do emprego do Exército nas ruas de São Paulo está sendo considerada um jogo de cena

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta sexta-feira, às 11h30, na Base Aérea de São Paulo, com o governador de São Paulo, Cláudio Lembro, quando pretende insistir com a oferta de utilização das tropas federais para auxílio no combate às ações do PCC. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, deverá estar presente ao encontro.
A polêmica em torno do emprego do Exército nas ruas de São Paulo está sendo considerada um jogo de cena, já que o próprio Planalto sabe que Cláudio Lembro não aceitará o oferecimento, de forma alguma, pelas conseqüências políticas deste ato. Está previsto que, depois do encontro, Lula e Lembo sigam juntos da Base Aérea para Barueri, onde visitarão unidades militares que desenvolvem o projeto Soldado Cidadão.

Além de o governo de São Paulo não querer que o Exército entre no Estado, o Exército também teme por este tipo de operação. Além de ressaltarem a preocupação do uso político da força nesta briga eleitoral, autoridades militares lembraram que a inteligência estadual e não a federal tem conhecimento completo da real situação de São Paulo. Por isso mesmo, classificam como "uma aventura" a convocação de tropas federais para combater bandidos, já que não possuem um diagnóstico completo da situação para a preparação de suas operações.

Os preparativos das tropas federais estão sendo feitos com base em estudos e operações padronizadas para este tipo de missão, uma vez que não possuem uma radiografia completa do crime na região. "Todo o planejamento é feito, mas sem um diagnóstico preciso, o que significa um grande risco para o Exército", advertiu um militar. Ele justificou ainda que não há integração entre as inteligências estadual e federal, que permitiria que fossem repassados dados para que as tropas federais pudessem montar uma operação segura.

>> Guardas penitenciários evitam fuga em massa em Itirapina (SP).

Dez presos, pelo menos, conseguiram escapar por um túnel

SÃO PAULO - No final da noite de quinta-feira, um grupo de pelo menos 10 detentos conseguiu escapar, por um túnel que eles cavaram, do complexo prisional João Batista de Arruda Sampaio, Penitenciária II de Itirapina, no interior do Estado de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, guardas da muralha perceberam a fuga e começaram a atirar em direção aos presos, evitando uma fuga maior. Houve tumulto entre os presos no momento em que os guardas impediram uma fuga em massa. Segundo funcionários, não ocorreu rebelião.
A Penitenciária II de Itirapina foi construída para abrigar 852 presos em regime fechado e 108 na Ala de Progressão Penitenciária (APP), onde ficam os presos que cumprem regime semi-aberto, mas a população carcerária atualmente é de 1.288 homens.

10.8.06

>> Sobe para 34 total de ônibus queimados.

SÃO PAULO – Subiu para 34 o número de ônibus queimados na
Capital, durante a terceira onde de ataques promovidos pelo
Crime organizado no estado. De acordo com a SPTrans, mais dois
Coletivos foram atacados na noite desta quarta-feira. O primeiro
Deles, da viação Oak Tree, às 21 horas, e o segundo da viação
Nova Aliança, às 21h15. Os dois foram incendiados, mas ninguém
Ficou ferido.

>> MP tenta barrar saída de 113 detentos do PCC no Dia dos Pais.

A preocupação do Ministério Público é justificada porque recentes escutas telefônicas revelaram que novos ataques estavam sendo planejados para esse fim de semana do Dia dos Pais

SÃO PAULO - Entre os 12 mil presos do regime semi-aberto de São Paulo que pediram à Justiça o benefício para passar o Dia dos Pais em casa, 113, de acordo com informações da inteligência da Polícia Militar, seriam integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a quem os ataques ocorrido em São Paulo nos últimos meses são atribuídos. Com esse documento oficial em mãos, o Ministério Público Estadual (MPE), cuja intenção inicial era barrar a saída de todos os detentos, tentará ao menos impedir que esses 113 deixem os presídios.
A princípio, a Vara de Execuções Penais, que na tarde desta quarta-feira, 9, decidiu que os detentos poderão ser liberados por não haver provas de que os ataques à segurança pública ocorridos recentemente foram praticados por presos do regime semi-aberto, admitiu que a decisão pode ser reconsiderada diante da lista que foi encaminhada na quarta à Procuradoria-Geral de Justiça, que reenviou o documento a todos os promotores de Execuções Criminais.
Os condenados em regime semi-aberto beneficiados com a saída temporária serão liberados a partir de sexta-feira, 11, com retorno determinado para segunda-feira seguinte, 14. Para a concessão do benefício, é preciso que o preso tenha boa conduta carcerária, já tenha cumprido um sexto da pena, se for condenado primário, e um quarto de pena, se for reincidente. Por não ser um benefício coletivo, cada caso deve ser analisado individualmente.

Preocupação Justificada

A preocupação do MP é justificada pelo fato de que em maio, durante o Dia das Mães - outra data em que, por lei, os presos em regime semi-abero têm direito de sair da prisão, o PCC promoveu a maior onda de atentados do Estado de São Paulo. Pelo menos dez presos que foram liberados nesse período foram mortos e outros foram identificados como os autores de um atentado a bomba contra a delegacia de Francisco Morato e de um carro do 19º Batalhão da PM, na zona leste. Além disso recentes escutas telefônicas revelaram que há a intenção de que novos ataques estavam sendo planejados para esse fim de semana do Dia dos Pais.

>> PCC usa a web para espalhar o terror e "parar a sociedade".

E-mail da facção diz que as "lutas travadas contra o governo" são resultado dos maus-tratos sofridos dentro das prisões

SÃO PAULO - O Primeiro Comando da Capital (PCC) mais uma vez está utilizando a tecnologia a serviço do crime. Para não ser flagrada nas interceptações telefônicas da polícia, a facção criminosa substituiu os telefones celulares pelo computador e agora dissemina suas ordens terroristas por meio da internet e por panfletos espalhados por familiares ou simpatizantes.
Os departamentos de inteligência da Polícia Civil e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) acreditam que foi dessa maneira que a organização conseguiu surpreender a polícia com a terceira onda de ataques deflagrados na madrugada de segunda-feira.
Nesta quarta-feira, o Jornal da Tarde recebeu uma das mensagens (leia íntegra no final desta matéria) que estão sendo esparramadas pela rede mundial de computador. No comunicado, a facção afirma que as "lutas travadas contra o governo" são resultado dos maus-tratos, espancamentos e tortura sofridos dentro do sistema penitenciário. "Estamos sendo tratados como animais e ainda assim lutamos pelas nossas melhorias porque queremos paz, justiça, liberdade e igualdade."

A nota é contundente ao dizer que o interesse do PCC é "parar a sociedade" e que os líderes, detidos no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, autorizam e endossam qualquer iniciativa isolada nesse sentido. "Esclarecemos que queremos parar a sociedade, e isto mais: os irmãos do BIG (CRP de Bernardes) deixam claro que está aberto o espaço para qualquer irmão que queira realizar algo nesse sentido. É só pôr para andar."
Os atentados, segundo a facção, só acabarão "quando o governo também parar com a hipocrisia e cumprir a lei (de Execuções Penais)".
O delegado Ruy Ferraz Fontes, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), afirmou que é possível interceptar e-mails e que esse procedimento já está sendo adotado pela Polícia Civil Paulista para conter as ações do crime organizado. A interceptação telemática, assim como no caso da telefônica,depende da intervenção das empresas que controlam os servidores.

Leia a íntegra do e-mail:

"SALVE GERAL DIA 07 / 08 / 2006
Diante de tudo que aconteceu de diversas formas, violência de todas as partes, a imprensa procurou o tempo todo nos deixar culpados de todas as situações. Sabemos que fazem isto no intuito de achar a verdade com tudo o que expõem, sendo que atraem o interesse do governo e acabam nos torturando presos, e a política em época de campanha como na época que estamos vivendo, acabamos nos tornando em projeto político. Em virtude de tudo isso e sendo pelo motivo da imprensa nos colocar como animais, tudo o que eles querem é fazer piorar a nossa situação. Sendo assim está em andamento um trabalho onde pedimos a colaboração de todos os irmãos que forem capazes de estar encaminhando por meio de panfletos, internet, conectar órgãos de imprensa e passar da seguinte forma:

NOTA DE ESCLARECIMENTO: O Primeiro Comando da Capital PCC vem por meio desta esclarecer o verdadeiro motivo de todas essas lutas travada contra o governo nestes últimos dias, o que na verdade é o dever dos órgãos de imprensa que ao contrário disso escondem a verdade e veiculam as notícias de acordo com seus interesses principalmente os do governo. Esclarecemos que o Primeiro Comando da Capital PCC 1533, é contra todos em qualquer forma de opressão em que o forte é habituado no mais fraco. Apesar de usarmos a força para combater antes de usarmos o diálogo, a violência que se vê é de fruto da violência que se usa contra o preso. O fraco é o povo da periferia, pois já é sabido de todos que quem bate para ensinar também está ensinando a bater. Não somos contra o governo mas somos contra a injustiça , abuso de poder, maus tratos, espancamentos e violência há anos às classes pobres nesse país. Apesar de nossa posição social e por isso ser visto como uma organização criminosa , nós não aceitamos em nosso convívio: estupros, assaltos e extorsões, injustiças, cobiças, homossexualismo e calúnia. Buscamos entre nós o máximo de respeito e solidariedade, e nos apoiamos entre si dividindo um pouco de tudo que temos entre materiais e carinho humano com projetos sociais, e nossa verdadeira luta é pela dignidade humana sem discriminação, não visamos nenhum tipo de lucro material dessa luta, e por ela nos sacrificamos sem medir as forças.

O sistema não respeita as leis que o constitui, e é só uma piada que os pobres nem sabem o que é. Tudo isso que incomoda o governo que nos joga as traças e longo dos olhos do povo fazem barbaridades usando os agentes de sua cúpula como instrumentos de tortura e vingança. Nós somos reféns do sistema, não temos apoio algum, sem estudo e trabalho, recursos e lazer, e o pior sem defesa e direitos. Estamos sendo tratados como animais e ainda assim lutamos pelas nossas melhorias porque queremos paz, justiça, liberdade e igualdade , e isso só vai acontecer quando o governo também quiser e parar com essas hipocrisias e cumprir a lei.
OBS: Esclarecemos que queremos parar a sociedade, e isto mais, os irmãos do BIG deixam claro que está aberto o espaço para que qualquer irmão que queira realizar algo nesse sentido, é só por para andar.
Deixamos um forte abraço e agradecemos a todos.
PCC"

9.8.06

>> São Paulo contrata serviços de helicóptero do Exército por um mês.

O governo estadual paga pelo uso da aeronave US$ 5.060 por hora de uso

SÃO PAULO - Pousou nesta terça-feira, 08, no Campo de Marte, na capital paulista, o helicóptero modelo Cougar, do Exército, para agilizar no transporte de grupamentos da polícia, principalmente o do Grupo de Ação Tática Especial (Gate) e o da Tropa de Choque.
O governo estadual paga pelo uso da aeronave US$ 5.060 por hora. O contrato tem validade de um mês, para dez horas de uso. O equipamento já poderá ser usado, inclusive se houver rebeliões nos presídios no final de semana.
O helicóptero tem capacidade para até 23 soldados. A Polícia Militar calcula que ele tenha capacidade de sobrevoar até Presidente Prudente, extremo oeste do Estado de São Paulo, a cidade de Presidente Prudente, distante cerca de 600 km da capital, em 3 horas.

>> Atentados atingem alvos civis e públicos na terceira noite de violência.

Ações da facção criminosa durante a noite assustaram São paulo mais uma vez. O dia, porém amanheceu tranqüilo, com os transportes funcionando normalmente

SÃO PAULO - No terceiro dia seguido de ataques de bandidos no Estado de São Paulo, onze alvos civis e de órgãos do governo foram atingidos, a maioria na capital, onde duas agências bancárias foram incendiadas e um veículo foi destruído na garagem da Secretaria Estadual de Justiça. Um alarme falso de bomba levou a polícia a interditar ontem à noite um trecho da Avenida Paulista.
Houve casos também em três cidades do interior - Itu, Sumaré e Campos do Jordão - e dois na Grande São Paulo - Taboão da Serra e Itapecerica da Serra. Um balanço da situação de segurança em São Paulo mostrou que ocorreram cerca de 140 ataques, 5 bandidos mortos, e mais de 20 suspeitos presos, além de 40 ônibus queimados.
Uma mala suspeita de conter uma bomba fez com que a polícia interditasse, às 23h30 de terça-feira, a Avenida Paulista em ambos os sentidos, no trecho entre a Rua da Consolação e a Rua Haddock Lobo, na região dos Jardins.

Policiais se aproximaram da mala, que estava abandonada no local, e resolveram acionar o Grupo de Ações Táticas e Especiais (Gate) - equipe antibombas da PM. Os policiais detonaram a mala e confirmaram que não havia bomba. A mala, deixada no parapeito do túnel que liga a via à avenida Rebouças, continha somente um tecido e papéis. O trânsito na região, que havia sido desviado, foi liberado.
No final da noite de terça-feira, dois ônibus foram atacados por incendiários na cidade de Sumaré, a 120 quilômetros da capital, região de Campinas, e na zona Oeste da cidade de São Paulo. Eram 23h quando o ônibus da Prefeitura de Sumaré foi incendiado no estacionamento da própria Prefeitura. O ônibus ficou totalmente destruído. Não houve feridos.
Quase à meia noite, homens invadiram um ônibus da Viação Transpasss, próximo à Cohab Jardim Educandário, na zona Oeste da capital. Os passageiros, motorista e cobrador foram obrigados a descer do coletivo que fazia a linha 7454 (Terminal Princesa Isabel/Jd.João Paulo VI) e foi incendiado por um coquetel molotov. Tanto em Sumaré quanto na capital paulista ninguém foi preso.

Todas as linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia do Metropolitano (Metrô) operam normalmente nesta manhã de quarta-feira segundo os centros operacionais de ambas as companhias. O mesmo ocorre em relação à circulação de ônibus pela cidade de São Paulo.
Mais ataques
Enquanto o alarme falso de bomba interditava a Avenida Paulista, incendiários atacavam um estacionamento localizado na Rua Oscar Cintra Godinho, na Baixada do Glicério, no centro da capital paulista.
Na garagem, que pertence à seção de transportes da Secretaria Estadual de Justiça, havia vinte carros, mas apenas um foi destruído pelo fogo. Os incendiários fugiram, segundo a polícia.
Os criminosos estouraram o vidro de uma das janelas que dá acesso ao subsolo do prédio, onde fica a garagem, e destruírem uma grade que protegia o vidro. Pela janela e usando uma mangueira, jogaram gasolina no estacionamento e atearam fogo.
Por volta da 1 hora, uma agência bancária da Nossa Caixa, localizada na esquina da Rua Teodoro Sampaio com a Rua Virgílio de Carvalho Pinto, em Pinheiros, foi alvo de uma bomba de fabricação caseira lançada por criminosos. Não houve feridos nem presos. O estrondo pôde ser ouvido por moradores de vários prédios da região.

Incendiários também atearam fogo, por volta da 1h30, numa agência bancária do Bradesco localizada na Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, região sudoeste da capital paulista.
Em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, agentes da Polícia Civil, detiveram, no final da tarde, três suspeitos que traziam 16 bananas de dinamite, um tijolo de maconha, 38 trouxinhas da mesma droga e um papelote de cocaína. Segundo os policiais, os três homens detidos preparavam-se para realizar um ataque na região.
No final da noite, um veículo da Guarda Municipal foi ataca por incendiários em frente ao Paço da Prefeitura de Campos do Jordão, no Vale do Paraíba. Os guardas faziam patrulhamento quando foram surpreendidos por um homem que desceu de um veículo, não identificado, e jogou um coquetel molotov contra o carro da Guarda. Os dois guardas conseguiram sair sem ferimentos. Os incendiários fugiram.

Um veículo Celta foi destruído, por volta das 4h15, após incendiários atacarem uma loja de carros localizada na Avenida Conselheiro Carrão, no bairro do Carrão, zona leste da capital paulista. Ninguém foi preso.
Criminosos armados atiraram, por volta das 2h30 contra a frente do prédio da sede da Prefeitura de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Ninguém foi preso.
Em Itu, no final da noite de terça-feira, dois homens ocupando uma moto jogaram uma bomba de fabricação caseira contra a entrada do 2º Distrito Policial, interior de São Paulo. Segundo a polícia, a delegacia estava fechada no momento da explosão. Ninguém foi preso e não houve feridos.
Duas horas depois, desconhecidos lançaram outra bomba de fabricação caseira no quintal da casa de um soldado da Polícia Rodoviária Estadual, também em Itu. O artefato não explodiu mas a polícia informou que a área foi isolada. O policial e a família estavam dentro da casa.

Texto atualizado às 07h40

8.8.06

>> São Paulo quer liberar 10 mil presos no Dia dos Pais; justiça decide.

Se aprovada pela justiça paulista, a saída dos detentos acontecerá na quinta-feira. Quem não voltar dentro do prazo será considerado fugitivo


SÃO PAULO - A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP) confirmou nesta terça-feira, 8, o pedido para que entre 10 mil e 11 mil detentos deixem os presídios em São Paulo para passar o Dia dos Pais em casa. Esse número representa menos de 10% do total de presos que estão no sistema carcerário paulista.
Se aprovada pela justiça paulista, a saída dos detentos acontecerá na quinta-feira, 10, a partir das 7h30. Os beneficiados devem retornar na segunda-feira, 14, ou na terça, 15, até as 18 horas, dependendo de cada caso. Quem não voltar dentro do prazo será considerado fugitivo.
Na manhã desta terça-feira, 8, o governador Claudio Lembo afirmou que é favorável ao indulto do dia dos pais. "Acho que não devemos ter medo ou mostrar espírito de vingança. Devemos continuar dialogando".

O Departamento de Execuções Criminais e Corregedoria dos Presídios da Capital de São Paulo (Decrim) recebeu, em 21 de julho, uma lista de 942 presos do regime semi-aberto da cidade de São Paulo pedindo a liberação.
Apesar da vontade do Ministério Público no sentido de que os juízes não autorizem a saída dos detentos, o benefício deverá ser concedido. A lei prevê que, para ter direito à saída, o preso precisa estar cumprindo pena em um presídio de regime semi-aberto, ter bom comportamento e já ter cumprido um sexto da pena, se for primário, e um quarto, em caso de reincidência.
Entre os motivos para a retomada dos ataques atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado de São Paulo, na madrugada de segunda-feira, 7, há a suspeita de ela seja uma retaliação às ações do Ministério Público Estadual (MPE), que interrogou o assaltante Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola na sexta-feira passada, reivindicou à Justiça o seqüestro de dinheiro da facção, e se manifestou contrário à saída temporária dos detentos para a comemoração do Dia dos Pais.

>> Criminosos tentaram provocar explosão em grande túnel de São Paulo.

Criminosos tentaram provocar explosão em grande túnel de São Paulo


O artefato encontrado na manhã desta terça-feira no túnel Nove de Julho (centro de São Paulo), uma das principais ligações entre a zona sul e o centro da cidade, era uma granada de uso exclusivo do Exército que teria causado danos em um raio de 15 metros caso tivesse explodido, segundo o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da PM (Polícia Militar).De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a granada foi encontrada por funcionários da prefeitura que faziam a limpeza do local por volta das 9h18. Ela estava próxima a um chafariz recém-reformado, no sentido bairro da via. O artefato ainda tinha pino.

O túnel foi totalmente interditado, às 10h06. Os policiais do Gate detonaram a granada e o tráfego foi liberado às 10h15. O bloqueio provocou lentidão.O Estado de São Paulo começou a sofrer uma nova série de ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) no domingo (6).Entre o final da noite de domingo e a manhã de segunda-feira (7), diversos prédios públicos, agências bancárias, postos de gasolina e supermercados foram atingidos, principalmente na capital. Entre a noite de segunda e a madrugada desta terça, houve mais ataques no interior.

Desde o começo desta série de atentados, conforme balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, seis suspeitos foram mortos em supostos confrontos com agentes de segurança.Mortos e feridosOs casos mais graves ocorreram em Cotia (Grande São Paulo). Dois homens --identificados como Celso Alves da Silva e Fábio Santana de Souza-- foram mortos em tiroteio com PMs. Eles eram suspeitos de terem arremessado um coquetel molotov e atirado no Centro Municipal Bancário. Os dois cumpriam pena em regime semi-aberto em Franco da Rocha (Grande São Paulo).Um terceiro suspeito foi morto, também em Cotia, em uma troca de tiros com guardas civis. De acordo com a PM, ele havia participado, minutos antes, de um ataque a uma agência da Nossa Caixa que fica perto da prefeitura. Um de seus supostos comparsas foi preso. Houve ao menos mais um ataque, um incêndio a ônibus, na mesma cidade.

Outro suspeito identificado como Ulicio Machado Ribeiro, 50, foi morto na capital. Segundo a PM, ele era um dos ocupantes de um carro que passou a ser perseguido depois de cruzar a avenida Cupecê, no Jardim Miriam (zona sul de São Paulo), em alta velocidade. Durante a fuga, os suspeitos bateram em um poste, mas seguiram a pé. Um deles conseguiu escapar.Na segunda-feira, ao menos duas pessoas ficaram feridas. Um homem de 29 anos e uma mulher de 43 foram atingidos por estilhaços após a explosão de um coquetel molotov, no hipermercado Extra, em Interlagos (zona sul de São Paulo). Eles foram socorridos e passam bem.Mais ataquesEntre a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça, mais prédios públicos foram atacados, principalmente no interior do Estado.

Em Miguelópolis (460 km ao norte de São Paulo), criminosos jogaram uma bomba dentro do departamento pessoal da prefeitura, à 1h30. Há suspeitas de que o mesmo grupo tenha incendiado um prédio da Igreja Internacional da Graça de Deus, que fica nas proximidades. O fogo foi controlado por caminhões-pipa da prefeitura e de uma usina da região.Em Sumaré (120 km a noroeste de São Paulo), criminosos atiraram um coquetel molotov contra a Câmara Municipal, à 1h20.Uma base fixa da GCM (Guarda Civil Municipal) de Piracicaba (162 km a noroeste da capital) foi atacada à 0h. Um ônibus também foi incendiado na cidade.Na cidade de Hortolândia (105 km a noroeste da capital), ocupantes de três carros armados com pistolas .40 e .380 atiraram contra o 2º Distrito Policial, às 22h30 de segunda-feira. O imóvel estava fechado no momento do ataque, e ninguém ficou ferido.Houve ao menos outros três ataques na cidade: a casa de um guarda municipal, no Jardim Amanda, foi alvejada por tiros; um ônibus e uma agência bancária foram incendiados.

Em Limeira (151 km a noroeste de São Paulo), criminosos atiraram contra um prédio da Receita Federal; contra a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e contra a fachada da TV Jornal de Limeira.Em Indaiatuba (102 km a noroeste de São Paulo), dois homens que seguiam em uma moto atiraram contra o prédio do Demutran (Departamento Municipal de Trânsito), às 23h30 de segunda. Os tiros atingiram uma vidraça e um carro do departamento.Em Louveira (73 km a noroeste de São Paulo), os ocupantes de três motos atiraram em uma base da Guarda Municipal e um Banco do Brasil.Em Araraquara (273 km a noroeste de São Paulo), à 0h30 desta terça, um homem atirou contra a porta do prédio desativado do Fórum da Infância e Juventude. Um coquetel molotov ainda atingiu uma agência do Banco do Brasil; e a casa de um sargento da PM foi atingida por disparos.Ocupantes de ao menos dois carros atiraram contra a base da 3ª Companhia do 32º Batalhão da Polícia Militar, em frente à estação Antonio Gianetti Neto da CPTM, em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), ainda no começo da madrugada desta terça. Ninguém ficou ferido.ÔnibusPelo menos doze ônibus foram incendiados ou atingidos por disparos desde a noite de segunda-feira, em todo o Estado.Na cidade de São Paulo, o último ataque a ônibus foi registrado à 1h desta terça, em Pirituba (zona norte). Também houve ataques na região do Jardim Míriam (zona sul); no Itaim Paulista (zona leste). Na Grande São Paulo, ônibus foram incendiados em Embu-Guaçu e Itapecerica da Serra.

Também houve ataques a ônibus em Hortolândia, em Piracicaba, em Ibiúna, em Assis, em São Vicente e em Araraquara.Terceira vezEsta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis --como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus-- promovida pelo PCC, desde o começo do ano.Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.

>> Ataques voltam com tiros em prédios.

Mais uma vez, Limeira não ficou imune à nova onda de ataques criminosos que se disseminaram pelo Estado desde a madrugada de ontem. À noite, tiros foram disparados contra pelo menos três alvos - dois deles públicos.O primeiro ataque atingiu o prédio da Delegacia da Receita Federal, localizado na Rua Pedro Zaccaria, no Jardim Nova Itália. Conforme o Jornal de Limeira apurou, dois rapazes em uma moto teriam efetuado os disparos - num total de seis.

Provavelmente, os tiros partiram uma arma 380 milímetros.O fato, ocorrido por volta das 21h, repercutiu no mundo político. É que a poucos metros do prédio da Receita fica a Câmara de Vereadores - que ontem à noite realizava a primeira sessão ordinária do semestre. A presidente da Casa, Elza Tank (PTB), chegou a determinar que funcionários não permanecessem na área externa do Legislativo.Pouco tempo depois do ataque à Receita, foram registrados disparos na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), localizada na Vila Anita, em frente à pista de atletismo do Tiro de Guerra. Outro alvo foi a sede do Sistema Jornal de Rádio e Televisão, localizado na Rua Piauí, em frente à escola "Castello Branco", na Vila Cláudia.

Os tiros teriam sido disparos a partir de um veículo com quatro ocupantes e atingiram a vidraça superior e a porta principal de vidro.Em todos os locais atacados, a segurança foi reforçada. Ninguém ficou ferido. Até o fechamento desta edição, não havia identificação dos autores de nenhum dos ataques. No Estado, os atentados são atribuídos novamente à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

>> Polícia mata quatro; interior vira foco de ataques.

Nas últimas horas, a Polícia matou quatro suspeitos; sistema de transporte coletivo volta ao normal.

SÃO PAULO - O Estado de São Paulo viveu na noite de segunda-feira e nesta madrugada o quarto dia de ataques a alvos civis e prédios públicos - entre os quais edifícios de prefeituras, delegacias de polícia e até uma sede da Receita Federal. Desta vez, a maioria dos focos de atentados se deu no interior e Região Metropolitana. No entanto, nas zonas sul e leste da capital, o serviço de transporte ficou prejudicado, com muitos passageiros esperando os coletivos nos pontos e pessoas caminhando pelas ruas. UM total de dez ônibus foram destruídos - quatro na capital, dois na Grande São Paulo e quatro no Interior. Quatro bandidos foram mortos - três em confronto com policiais e Guarda Municipal em Cotia e uma em Diadema (Grande São Paulo).
Três ônibus foram incendiados por bandidos na zona sul da capital entre as 22h30 de ontem e 0h30 desta terça-feira. Dois coletivos da linha Itaim Bibi/Jardim Guacuri, que estavam parados no ponto final, na Rua Vicente Strichalsky, região do Jardim Miriam, foram atacados por quatro homens que chegaram em um veículo e ordenaram que motorista e cobrador descessem. Outro coletivo foi alvo de incendiários na esquina entre as Avenidas Henrique Chamma e Presidente Juscelino Kubitschek, no Itaim-Bibi.

Na zona oeste, um ônibus que fazia a linha Vila Zatti/Itaim-Bibi foi cercado por um grupo de bandidos às 22h30 de segunda-feira na Rua Professor José Lourenço, em Vila Zatti, região de Pirituba. Segundo as vítimas, passageiros, cobrador e motorista conseguiram descer a tempo de não serem atingidos pelas chamas que destruíram por completo o coletivo. Os incendiários conseguiram fugir e permanecem soltos. O caso foi registrado no 87º Distrito Policial, de Pereira Barreto.

Segundo informações da São Paulo Transportes (SPTrans), às 5h45 desta manhã a Viação Transcooper, que possui três garagens, decidiu liberar os microônibus da garagem localizada na altura do nº 1.726 da Avenida Antonelo de Messina, no Tremembé, zona norte da capital. Assim, apenas uma garagem, a da Viação Nova Aliança, em Cidade Tiradentes, na zona leste, seguia naquele fechada na cidade de São Paulo. No entanto, era visível, nas avenidas Santo Amaro e Giovani Gronchi, na zona sul da cidade, o grande número de pessoas esperando ônibus nos pontos. Muitas pessoas também eram vistas caminhando na zona leste.

Grande São Paulo.

A cidade de Cotia foi alvo de três ataques ontem. Um coletivo da Viação Danúbio Azul foi incendiado na região central da cidade; um artefato explosivo foi jogado contra uma agência da Nossa Caixa próximo à Prefeitura, também no centro; e um posto de gasolina também foi atacado. Em uma das ações, uma equipe da Guarda Municipal da cidade trocou tiros com os bandidos. Um deles morreu e os outros dois, presos. No início da madrugada de hoje, após disparar vários tiros e lançar um coquetel molotov contra o prédio do Centro Municipal Bancário, no centro de Cotia, dois bandidos, em uma moto, foram perseguidos por equipes da Rota e trocaram tiros com a PM. Os criminosos, Celso Alves da Silva e Fábio Santana de Souza, que cumprem pena em regime semi-aberto em Franco da Rocha, deveriam ter retornado para a carceragem às 19h30 de ontem, mas resolveram atacar o prédio e foram mortos no confronto com a PM.

Em Ferraz de Vasconcelos, homens armados, ocupando dois veículos, metralharam, no início da madrugada, uma base da 3ª Companhia do 32º Batalhão da Polícia Militar no bairro São Francisco. Ninguém ficou ferido. Por volta das 20h, um homem em atitude suspeita foi abordado pelos policiais na Avenida Cupecê, região do Jardim Miriam, próximo à divisa com Diadema, e trocou tiros com os policiais que faziam patrulhamento preventivo contra os ataques coordenados pela facção que controla o sistema carcerário paulista. Ele foi baleado e morreu. O caso foi registrado no 98º Distrito Policial. Um ônibus foi destruído por criminosos na Estrada Embu-Cipó, no Jardim Granjinha , em Embu-Guaçu, também na Grande São Paulo. Em Itapecerica da Serra, um coletivo da Viação Soamin foi destruído, por volta das 22h30 de ontem, no Jardim Cinira. Policiais militares do 36º Batalhão foram acionados para o local, mas não chegaram a tempo de deter os criminosos, que teriam fugido a pé. O caso foi registrado na Delegacia Central da cidade, que fica na região sul da Grande São Paulo.

Interior
Em Limeira, homens armados atacaram na noite de ontem uma delegacia, o prédio de um jornal e o prédio da Receita na cidade. De acordo com a Polícia Militar, eram 20h30 quando os criminosos atiraram contra o prédio da Receita Federal. Minutos depois, não se sabe se pelo mesmo grupo, a fachada da TV Jornal de Limeira foi atingida por tiros. Meia hora depois, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) foi alvo de atiradores também. Nas três ocorrências não houve feridos e até agora ninguém foi preso.
Em Campinas, no final da noite de ontem, criminosos atacaram a tiros a fachada do 11º Distrito Policial, no Jardim Ipaussurama. A delegacia ficou fechada a partir das 20h. Já em Indaiatuba, ocupantes de um veículo Monza branco lançaram um coquetel molotov, por volta das 21h, contra um caixa eletrônico do Banco Itaú, ao lado de um posto de gasolina, no Jardim Morada do Sol. Minutos depois, a sede do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), no centro da cidade, e uma viatura da Polícia Militar foram atingidas por tiros. Não houve feridos e ninguém foi preso.

Em Sumaré, região de Campinas, à 1h20, incendiários lançaram um coquetel molotov contra o prédio da Câmara Municipal Não houve feridos. Os bombeiros tiveram de ser acionados para conter o incêndio. Quatro homens encapuzados, a pé, atearam fogo em um ônibus da Viação Boa Vista, por volta das 22h de ontem, em Hortolândia, também na região de Campinas. Segundo a polícia, os criminosos obrigaram todos a descer do ônibus e jogaram um coquetel molotov. Não houve feridos nem presos. Meia hora depois, criminosos, em três veículos, pararam em frente ao 2º Distrito Policial e dispararam vários tiros. A delegacia estava fechada no momento do ataque. Segundo a polícia, foram encontradas várias cápsulas de pistolas calibres 40 e 380. Vinte minutos mais tarde, a casa de um guarda municipal, localizada na avenida Anita Garibaldi, no Jardim Amanda, foi alvo de atiradores. No momento do ataque apenas a mulher do guarda municipal estava em casa. Não houve feridos. Criminosos em uma moto metralharam as portas de vidro de uma agência bancária do Unibanco na região central da cidade. Também não houve feridos.

Em Piracicaba, incendiários queimaram um ônibus da Viação Paulicéia, às 22h de ontem, no Jardim Itapuã. Os passageiros tiveram de descer do coletivo assim que os bandidos o invadiram. Os criminosos fugiram a pé. No final da noite, uma base fixa da Guarda civil Municipal foi alvo de atiradores. De acordo com informações da polícia, dois homens em uma moto pararam em frente à base, que fica na Avenida Raposo Tavares, na Paulicéia, e começaram a disparar. Não houve feridos.
A fachada do 11º Distrito Policial de Sorocaba foi atingida por disparos feitos por dois desconhecidos, em uma moto, por volta das 21h de ontem. Dois tiros atingiram a frente do prédio, que também estava fechado, pois o expediente é encerrado às 19h. Ninguém ficou ferido nem foi preso.

Na madrugada desta terça-feira, quatro ataques foram registrados na cidade de Araraquara, a 240 quilômetros da capital, região central do Estado. Por volta da 0h30, um homem armado efetuou cinco disparos na porta do antigo prédio do Fórum da Infância e Juventude, que está desativado. Os vidros ficaram estilhaçados. Vinte minutos depois, um coquetel molotov destruiu parcialmente a agência do Banco Brasil localizada na Alameda Paulista. Ninguém foi preso. Às 4h da manhã, três homens armados invadiram um ônibus circular da cidade conhecido como Corujão e efetuaram cinco disparos, ordenando que todos os passageiros e motorista descessem. O coletivo foi incendiado em seguida e os criminosos fugiram em um veículo Gol branco. Meia hora antes, a casa de um sargento da Polícia Militar havia sido alvo de criminosos. Três tiros acertaram a frente do imóvel, mas ninguém se feriu.

Por volta da 1h30 desta madrugada, criminosos lançaram um coquetel molotov contra o departamento pessoal da sede da Prefeitura de Miguelópolis, a 460 quilômetros da capital paulista. Apenas o vigia estava no local. O bando entrou pelos fundos e jogou o artefato pela janela da sala. O fogo se alastrou rapidamente e destruiu todo o setor. Ninguém ficou ferido. O mesmo grupo também lançou um artefato no prédio da Igreja Internacional da Graça de Deus, próximo à Prefeitura. As janelas ficaram estilhaçadas e as paredes, chamuscadas. Como a cidade não possui Corpo de Bombeiros, os incêndios foram controlados pelo caminhão-pipa da prefeitura e de uma usina da região.

7.8.06

>> Guarda civil é salvo de ataque por colete à prova

SÃO PAULO – Um guarda municipal escapou da morte nesta
segunda-feira a uma base comunitária da zona leste por estar
usando um colete a prova de balas. Segundo a Guarda Civil
Metropolitana, ele esta na base comunitária na Praça Eulália
De Carvalho, no Jardim Guanan, por volta das 5h quando dois
Homens numa moto atiraram. O guarda foi atingido no peito, mas
o colete o salvou.

Este foi um dos cinco ataques à Guarda Civil Municipal nesta
Madrugada. Balanço da instituição informa que, por volta das
4h30m, homens em um Gol branco dispararam contra a base de
Campo Limpo, na zona sul da capital. Às 5h20m, quatro homens
Num Gol vermelho abriram fogo contra guardas civis que estavam
na Inspetoria Regional da Vila Prudente, na zona norte. Os
guardas revidaram, mas ninguém ficou ferido. Os tiros apenas
acertaram uma viatura estacionada no local.

Pouco depois, um artefato explosivo foi atirado na praça de
atendimento da Subprefeitura de Pirituba, na zona norte, ao lado
da Inspetoria Regional da Guarda Municipal. A bomba caseira
tinha sido montada dentro de um extintor de incêndio, mas não
explodiu.

Também pela manhã, bandidos efetuaram sete disparos contra
Uma guarita da Guarda Municipal no Centro de Educação
Unificada do Butantã, na zona oeste. Ninguém ficou ferido.

>> Governo contabiliza 27 ataques e dois suspeitos mortos.

Governo contabiliza 27 ataques e dois suspeitos mortos
Dois acusados de participarem dos novos ataques ao Estado de São Paulo foram mortos, um foi ferido e outro preso
Juliano Machado e Solange Spigliatti
SÃO PAULO - A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou no início da tarde desta segunda-feira, 7, que duas pessoas acusadas de participarem dos novos ataques ao Estado de São Paulo foram mortas, uma foi ferida e outra presa. De acordo com o primeiro balanço oficial, foram contabilizados 27 ataques criminosos. Dois carros do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foram queimados, além de cinco ônibus, 11 agências bancárias, um trem do Metrô, um supermercado, três postos de gasolina e duas revendedoras de carro atacados.


O governador de São Paulo, Claudio Lembo, e o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu, não falaram à imprensa após participarem da entrega de novos carros para a Polícia Militar, na praça Charles Muller, no Pacaembu, zona oeste de São Paulo.
Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, um trem, que estava sem passageiros, foi baleado próximo à estação Tucuruvi, na zona norte da capital. As janelas do trem foram quebradas e policiais trocaram tiros com os supostos bandidos.
Os prédios do Ministério Público Estadual e da Secretaria da Fazenda foram alvo de bombas desta nova onda de ataques. A contagem da secretaria ainda não inclui os atentados a três distritos policiais em Santos, Cubatão e Guarujá. Também não entraram na lista os ataques a uma revendedora de automóveis em Santos e uma agência bancária em Praia Grande. Todos esses atentados já foram confirmados pelo Comando da Polícia Militar.
Outros seis ônibus da Viação Barão de Mauá teriam sido queimados, em Mauá. Mas a secretaria ainda não confirmou essa informação.


No final da manhã, o Poupatempo da Luz foi fechado após uma ameaça de bomba. O posto de serviços ficou fechado até a bomba ser detonada por uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). A direção do Poupatempo orienta que a população se dirija aos Postos Sé ou Itaquera, que estão funcionando normalmente.

Ataques

Duas pessoas ficaram feridas na manhã desta segunda-feira, 7, após um ataque a um supermercado na zona sul da cidade. Essas são as primeiras vítimas dos novos atentados iniciados nesta madrugada em São Paulo.
Por volta das 7h15, um coquetel molotov atingiu a entrada do supermercado Extra, na Avenida Sargento Geraldo Santana, 1.491, em Interlagos. Duas pessoas ficaram feridas com os estilhaços e foram encaminhadas ao Pronto-Socorro do Hospital Santa Maria. Os incendiários atacaram ainda um supermercado Compre Bem, no Carrão, na zona leste de São Paulo. Não há registro de vítimas.


Os novos ataques incluem prédios do Ministério Público e da Secretaria da Fazenda, duas bases da Guarda Civil, dois carros da Polícia Civil, postos de gasolina e agências bancárias. Duas viações deixaram de operar na zona leste.
Uma bomba de fabricação caseira e um coquetel molotov explodiram no prédio do Ministério Público Estadual, na Rua Riachuelo, no centro da cidade.
Uma base da Guarda Municipal, localizada na Rua Manoel José Pereira, 300, no Campo Limpo, zona sul, foi atingida por dois tiros disparados por quatro homens que estavam em um Gol branco. Nenhum guarda ficou ferido. Outra base, em Osasco, na Grande São Paulo, foi atacada pela segunda vez, por volta das quatro da madrugada. Dois homens em um Palio, abandonado no local, metralharam a base.
O prédio da Secretaria da Fazenda, na Avenida Rangel Pestana, região central, próximo ao Poupatempo, também foi alvo de incendiários. Duas viaturas da Polícia Civil foram incendiadas no estacionamento em frente ao Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) na zona norte da capital.
Além dos prédios públicos, agências bancárias também foram atacadas, além de postos de gasolina na capital e na Grande São Paulo.

Transporte

O transporte público mais uma vez foi alvo de incendiários. As primeiras informações apontavam para 25 ônibus incendiados na Grande São Paulo, 15 só na Capital. A SPTrans confirma pelo menos 4 ataques na cidade de São Paulo. Na zona leste da Capital, viações paralisaram o serviço após a destruição de um trólebus.
Em Mauá, cerca de sete ônibus foram incendiados. Em Santo André, pelo menos três coletivos foram atacados. Ataques a ônibus também foram registrados na cidade de Jundiaí. Veja mais detalhes dos ataques ao transporte público no link ao lado.
Interior
Na região de Campinas, incendiários atacaram um distrito policial na cidade de Sumaré. Em Nova Odessa e Americana os alvos foram postos da Guarda Civil Metropolitana. Em Santa Bárbara do Oeste, dois bancos foram atacados. Leia mais no link "Ataques também atingem a região de Campinas".

Motivos

Ainda não há informações sobre os motivos que levaram a facção a atacar novamente. Especula-se que o grupo tinha a intenção de promover novos ataques durante o Dia dos Pais, como previa o Ministério Público Estadual, em represália à possibilidade de não receberem o benefício do indulto no próximo final de semana.
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, identificado como líder da facção, foi interrogado na última semana no Tribunal do Júri por meio de videoconferência. Marcola é acusado de ter dado a ordem que matou o bombeiro João Alberto da Costa na primeira onda da violência promovida pelo grupo. O Ministério Público pede que o líder seja responsável pela indenização à família do bombeiro. Esta seria uma das razões que teria desencadeado a terceira onda de ataques.
atualizado as 12:35

>> São Paulo volta a ter madrugada com vários ataques.

Até agora foram registrados 25 ataques a ônibus na Região Metropolitana; os incendiários atacaram os prédios do Ministério Público e da Secretaria da Fazenda, duas bases da Guarda Civil, dois carros da Polícia Civil, postos de gasolina e agências bancárias. Duas viações deixaram de operar. Não há registro de feridos.

A onda de ataques a órgãos do Estado e alvos civis - como transportes, agências bancárias e caixas eletrônicos e postos de gasolina - recomeçou no Estado de São Paulo na madrugada desta segunda-feira. Até agora, foram cinco ataques em Jundiaí, cidade a 50 quilômetros da capital, Mauá, na região do ABC, e 15 em São Paulo, capital. Quatro atacantes foram presos pela polícia. Também dez ônibus foram incendiados na região do ABC.

Na capital, além de uma bomba de alto poder, que explodiu no prédio do Ministério Público Estadual, no centro da cidade, ocorreram também ataques numa base da Guarda Municipal, localizada na Rua Manoel José Pereira, nº 300, no Campo Limpo, zona sul, foi atingida por dois tiros disparados por quatro homens que estavam em um Gol branco. Nenhum guarda ficou ferido. Uma granada e um coquetel molotov foram lançados contra a fachada do Ministério Público Estadual, cuja sede fica na Rua Riachuelo, no centro da cidade.

O prédio da Secretaria da Fazenda, localizada na Avenida Rangel Pestana, região central, próximo ao PoupaTempo, também foi alvo de incendiários. Duas viaturas da Polícia Civil foram incendiadas no estacionamento em frente ao Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) na zona norte da capital.

Incendiários destruíram parte de uma agência bancária na Rua Conselheiro Moreira de Barros, em Santana, na zona norte. Na rua São João da Boa Vista, em Americanópolis, zona sul, mais uma agência foi parcialmente destruída. Na região de Vila Mariana, uma agência do Bradesco foi alvo de incendiários. Na altura do nº 1.397 da Avenida Jabaquara, uma agência do Banco Itaú também foi alvo de incendiários. Outra agência, na Avenida Comendador Santana, no Capão Redondo, foi incendiada por outro grupo de criminosos.

Várias agências bancárias foram alvos de incendiários também nesta manhã na Rua Maciel Monteiro, em Artur Alvim, na zona leste. Bandidos ocupando um veículo Ford EcoSport invadiram com o carro uma agência do Unibanco na Avenida Zelina, no bairro de Vila Prudente, e atearam fogo aos caixas eletrônicos. Dois bandidos foram presos pela Polícia Militar na Avenida Mateo Bei, em São Mateus, após atearem fogo a um ônibus.

Com a dupla, os policiais apreenderam uma metralhadora e uma espingarda calibre 12. Segundo a São Paulo Transportes (SPTrans), as viações Transcooper, localizada na Avenida Jacu-Pêssego, em Itaquera, e Nova Aliança, na Estrada Santo Inácio, em Guaianazes, já recolheram seus ônibus por causa dos ataques. Um grupo que ocupava uma BMW ameaçou as cooperativas que trabalham com lotações, em Artur Alvim, na zona leste, caso os carros sejam liberados nesta segunda-feira.

Um posto de gasolina na altura do nº 900 da Rua Alagoas, região de Higienópolis, no centro, foi alvo de incendiários também. Em Mauá, vários ônibus foram incendiados após criminosos lançarem um artefato incendiário contra uma garagem de uma empresa de transporte coletivo localizada na altura do nº 3.800 da Rua Eugênio Negri, no Jardim Zaíra. Há informações que pelo menos seis ônibus foram destruídos.

Em Jundiaí, desconhecidos atearam fogo a um caixa eletrônico ao lado de um posto de gasolina localizado na Avenida Agapeama, bairro de mesmo nome. Um caixa eletrônico também foi incendiado na Rodovia Geraldo Dias, no bairro Cecap. Um posto de gasolina também foi alvo de incendiários na Rua Antenor Soares Gandra, no bairro de Colônia.
Outro posto de gasolina também foi atacado na Rodovia dos Bandeirantes, na altura do km 60,5. Motorista e cobrador foram obrigados a descer de um coletivo na Avenida Justiniano Borim, no bairro de São Camilo. O ônibus acabou sendo incendiado. Segundo a Polícia Militar, os ataques teriam sido praticados por um mesmo grupo, cujo carro que ocupava não foi identificado.

Uma base da Guarda Civil Metropolitana (GCM) também foi atacada na madrugada desta segunda-feira. A base, que já foi atacada anteriormente, fica na avenida Vitor Civita, no bairro jardim Conceição, em Osasco, na grande São Paulo. A base foi metralhada por volta das 4 horas por dois homens que estavam em um Palio, que foi abandonado próximo ao local. Ninguém ficou ferido. Matéria atualizada às 8h15.